domingo, 3 de junho de 2012

Dia 2 da dieta detox e a crítica que se pode fazer

 Hoje está fazendo um lindo dia de luz e sol aqui no Morumbi. Peguei a estrada com o meu amigo, o artista plástico e iconógrafo Alberto Messias, e fomos para além de Itapecirica da Serra, curtir a primeira missa de um monge recém ordenado. E como a estrada é linda, de manhã! O verde azulado com uma pincelada de névoa nas florestas. O  céu escandalosamente anil, e aquelas nuvens em que santa Clara brinca de fazer golfinho, pato, jacaré. Tem gente que adivinha o futuro pelo formato das nuvens. Eu só vejo santa Clara brincando até o entardecer. De vez em quando eu imagino que ela olha pra mim que a peguei no flagra, mas ela acaba me esquecendo,  ocupadíssima em ser feliz.
 Ontem à noite eu tive muita dor de cabeça. Tomei neosaldina, e a dor continuava. Só parou quando eu me levantei da cama e comi um pão integral com queijo muzzarela. Por pior que seja comer carboidrato à noite, o pão integral, por ter moléculas complexas, mais difíceis de digerir, estimula o metabolismo. É melhor que o pão de farinha branca, que cai direto no sangue e por isso engorda . E a muzzarela, por ser um queijo cozido e gorduroso, deve ser comido à noite, se a gente quer pegar no sono logo. Segundo uma pesquisa de 2005, e divulgada no Daily Reporter pelo Chris Mercer,  o queijo, por conter triptofano, suporta a produção de serotonida e niacina, ligados ao humor estável e ao sono profundo. Melhor eu não podia ter feito.
  Eu não sei se você vai ficar com dor de cabeça, quando experimentar esta dieta. Eu não a interrompi. Só fiz o que meu organismo estava pedindo: comer um pouco mais de comida. Hoje, ao acordar, já tomei meu copo de água com o suco de meio limão. Esperei trinta minutos e tomei a mesma receita de vitamina de ontem ( se você quiser a receita, está no post anterior). Daí, saí. Viajei. Como não podia levar o suco pro Mosteiro, levei uma banana e comi na saída da missa. Tomei café na saleta de visitas das monjas. Sabe o que tinha lá? Um pão caseiro bem fofinho, parecendo um daqueles pães de hambúrguer seven-boys, lembra? Só que enorme. Crescido. Cascudo em cima, marrom forno e fogão. E um bolo de fubá no mesmo tom. Café e leite. Com um sorriso amável da monja hospedeira. Eu fiquei com o café e o sorriso. Voltamos pra São Paulo.
 Na volta, ficamos  falando sobre crítica. Musical, teológica, teatral e de regime. Eu acho que toda figura crítica é uma performancer da tradição. Tradicionalmente os críticos saem intempestivamente dos locais em que outros se apresentam. Está aí o Ego, grande crítico gastronômico, imortalizado como um vilão do bem em "Rattatoiule",  temido por todos os cozinheiros, que tentavam evitar essas saídas terríveis de cena. E eu sou uma crítica de regime e dieta, de exercício e de bem estar. E eu digo que senti dor de cabeça com esta seleção de alimentos, por mais que eles façam bem à saúde . Afinal,  comi um sanduíche e voltei à dieta hoje.  Mas não vou sair intempestivamente da batalha, porque não tenho mais de 20 mil acessos no meu blog. Se tivesse, fazia uma cena. Eu posso fazer, a tradição me encoraja a esta pintura cênica. Ou não? Ou não é do meu feitio fazer isso? Nunca vou me responder a essa. Só te digo que tive dor de cabeça ontem e se eu sentir hoje também vou dedurar amanhã. Mas não vou sair do regime. A não ser que eu morra. E ainda temos uma semana, desta vez de comida sólida, porque esta dieta detox continua.Vou repetir igualzinho as prescrições do post anterior, e amanhã posto a nova base de alimentos sólidos que a nutricionista da revista Boa Forma deste mês preescreveu. Hoje ainda vou correr na rua por 50 minutos. Vou levar gatorade, porque é imprescindível  que todo corredor tome uns goles de meia em meia hora de corrida. E vou procurar seguir à risca a dieta. Se sentir dor, apelo pro sanduíche novamente.

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