terça-feira, 2 de agosto de 2011

malhar pode se tornar um vício tão forte e terrível como o das drogas: cuidado

 Nem um dia sequer, depois dessas duas mortes de pessoas queridas, que aconteceram na semana passada,  eu fiquei deprimida, a ponto de não querer  ir para a academia, depois dos funerais. Isso aconteceu porque malhar estimulou a produção de endorfina e de serotonina, e essas substâncias melhoram o humor, pois anulam a produção de cortizol, responsável pela irritabilidade e pelas reações rápidas. Foi muito bom eu ter optado por fazer exercícios físicos há alguns anos; assim, na hora em que eu precisei de apoio e suporte físico e mental, a força estava dentro de mim e muito fácil de achar.
  Porém, é preciso malhar na dose certa para não viciar. Segundo uma pesquisa feita no Brasil, 29% dos atletas são viciados em malhação. Se tudo fosse uma questão de ir pra academia e pronto, melhor pra eles, não? Seria só o caso de ficarem mais bonitos, rejuvenescidos e bombando de hormônios do prazer e bem estar. Ledo engano.
  O vício em academia tem como sintomas a ansiedade e a depressão, e o corpo do viciado fica vulnerável a lesões musculares. Se pararem de vez de malhar, os viciados ficam com transtornos psicológicos de abstinência,  de sono, de humor e fadiga crônica.
  Como saber se a gente se viciou?
  Simples, anote aí: se você não quiser fazer mais outra coisa na vida do que malhar, é hora de assumir que está dependendo da academia para viver. Se vir alguém que, mesmo com lesão muscular grave, não falta à atividade física, igualmente estará diante de um viciado em malhação. O tratamento é o mesmo usado para quem é dependente químico. Terapia e remédio.
   Pois é, a pessoa nunca está livre de se viciar em alguma coisa. Acho que os viciados são gente que preenche algum tipo de carência com aquilo com que se viciam. Eu fui viciada em cigarro, mas parei há exatos dois meses, e sei que o cigarro serviu pra melhorar a ansiedade que me tomou há dois anos.Hoje eu a venci, com a ajuda de Deus, e parei de fumar. Olhe,  em algumas vezes tenho sentido a síndrome de abstinência, e sei que ela varia de intensidade de um para outro ser humano. Por isso acho muito babaca a gente ficar dizendo pra quem se viciou "força, é fácil, você consegue". Consegue nada. A gente não sabe o quanto a abstinência da droga vai atrapalhar a vida do dependente. É preciso ter carinho, compreensão e paciência com aqueles que dependem de alguma coisa.
   Dependente de malhação. Só faltava essa. O mundo está povoado de diabos muito chatos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário